Polícia Federal cumpre mandados em operação contra vazamentos de decisões judiciais no Tocantins

Mandados estão sendo cumpridos na sede do Ministério Público do Tocantins, em Palmas, e em outros endereços. Decisão é assinada pelo ministro do Superior Tribunal Federal Cristiano Zanin. Polícia Federal cumpre mandados em operação contra vazamento de decisões da Justiça
Uma operação da Polícia Federal (PF) realizada nesta terça-feira (18) apura suposto esquema de vazamentos de decisões judiciais. Estão sendo cumpridos um mandado de prisão preventiva e quatro mandados de busca e apreensão.
Mandados estão sendo cumpridos na sede do Ministério Público do Tocantins (MPTO), em Palmas, e nos endereços dos investigados. O g1 pediu posicionamento do MPTO, mas não houve resposta até a publicação desta reportagem.
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A decisão é assinada pelo ministro do Superior Tribunal Federal Cristiano Zanin. Conforme apurado pela TV Anhanguera, a operação investiga a suposta participação de advogados, lobistas, empresários, assessores, chefes de gabinete e magistrados no suposto esquema.
Além dos mandados, foram expedidas medidas de afastamento das funções públicas, proibição de contato e saída do país, e recolhimento de passaportes.
Prédio da Polícia Federal em Palmas
Djavan Barbosa/Jornal do Tocantins
Conforme apurado, um dos alvos é advogado que atua como assessor jurídico do MPTO, lotado no gabinete de um procurador de justiça.
Este é mais um desdobramento da Operação Sisamnes que investiga crimes de obstrução de justiça, violação do sigilo funcional e corrupção ativa e passiva.
Segundo a PF, foi identificada uma rede clandestina de monitoramento, comércio e repasse de informações sigilosas sobre o andamento de investigações sensíveis supervisionadas pelo Superior Tribunal de Justiça. O vazamento das informações acabava frustrando o andamento de operações policiais.
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A investigação começou em dezembro de 2023, após a identificação de mensagens no celular de um advogado assassinado em Mato Grosso. As mensagens tratavam de uma suposta compra de sentenças. O caso foi remetido ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que acionou a Polícia Federal.
Essa reportagem está sendo atualizada.
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