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 Dólar opera com volatilidade na 'Superquarta', com investidores à espera de novas taxas de juros no Brasil e nos EUA

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Palmas,30/01/2025

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Dólar opera com volatilidade na 'Superquarta', com investidores à espera de novas taxas de juros no Brasil e nos EUA

Fonte: g1.globo.com
Dólar opera com volatilidade na 'Superquarta', com investidores à espera de novas taxas de juros no Brasil e nos EUA


No dia anterior, a moeda norte-americana encerrou em queda de 0,73%, cotada a R$ 5,8690. Já o principal índice acionário da bolsa de valores brasileira teve um recuo de 0,65%, aos 124.056 pontos. Dólar
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O dólar opera com volatilidade nesta quarta-feira (29), oscilando entre altas e baixas, com os investidores atentos, principalmente, às reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil (BC) e do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos).
Nesta "Superquarta" — as quartas-feiras em que ocorrem, simultaneamente, reuniões dos bancos centrais dos dois países —, o mercado espera ver uma elevação na Selic, taxa básica de juros do Brasil, enquanto, nos EUA, a expectativa é de que as taxas permaneçam inalteradas.
Por aqui, os dirigentes do Copom já haviam sinalizado em sua última reunião que novos aumentos na taxa Selic ocorreriam. Por isso e com as expectativas de uma inflação alta e persistente durante todo o ano, o mercado prevê que os juros devem ultrapassar o nível dos 15% ao ano ano em meados de 2025, atingindo o maior nível em quase 20 anos.
Já lá fora, a maior parte dos agentes do mercado financeiro prevê que o Fed não deve mexer nos juros por enquanto. A expectativa é que a instituição monitore de perto os próximos dados de inflação e mercado de trabalho nos EUA para definir seus próximos passos na condução dos juros.
No cenário corporativo, o setor de tecnologia segue no centro das atenções. Nesta quarta, as gigantes americanas Microsoft, Meta (dona do Facebook e Instagram) e Tesla divulgam seus resultados financeiros referentes ao último trimestre de 2024.
O Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira, a B3, opera em queda.
Veja abaixo o resumo dos mercados.
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Dólar
Às 11h45, o dólar caía 0,13%, cotado a R$ 5,8616. Veja mais cotações.
No dia anterior, a moeda norte-americana fechou em queda de 0,73%, cotada a R$ 5,8690, renovando o menor patamar desde novembro.
Com o resultado, acumulou:
queda de 0,83% na semana;
recuo de 5,03% no mês e no ano.

a
Ibovespa
No mesmo horário, o Ibovespa caía 0,22%, aos 123.781 pontos.
Na véspera, o índice fechou em baixa de 0,65%, aos 124.056 pontos.
Com o resultado, acumulou:
alta de 1,31% na semana;
ganho de 3,14% no mês e no ano.

Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair
O que está mexendo com os mercados?
As decisões de política monetária são o grande destaque desta quarta-feira e ajudam a explicar o alívio do dólar nos últimos dias.
No Brasil, a expectativa dos economistas é que o Copom faça um aumento de 1 ponto percentual na Selic, que pode chegar ao patamar de 13,25% ao ano. O colegiado também já havia sinalizado uma nova alta da taxa básica em março, o que levaria os juros a 14,25% ao ano.
Investidores e analistas projetam, ainda, mais altas além dessas duas, o que poderia levar a taxa Selic para mais de 15% ao ano em meados de 2025. Esse seria o maior nível dos juros no país em quase 20 anos.
Com isso, há, também, grande expectativa pelo comunicado do comitê após a reunião. O documento costuma trazer sinalizações sobre quais serão os próximos passos do BC em relação aos juros e o que está no radar dos dirigentes.
Juros maiores no país elevam a rentabilidade dos títulos públicos e tendem a atrair mais investidores, o que pode gerar mais entrada de dólar no Brasil e reduzir a pressão sobre o real, como vem acontecendo na última semana.
Os juros altos são esperados porque o Brasil vive um período de alta na inflação, com o mercado esperando maior pressão sobre os preços neste ano. Na edição desta semana do Boletim Focus, as projeções para a inflação saltaram de 5,08% para 5,50%. A meta de inflação para 2025 é de 3,0% e será considerada cumprida se permanecer em um intervalo entre 1,5% e 4,5%.
O mercado também está de olho em Gabriel Galípolo, novo presidente do BC, que foi indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Essa também será a primeira reunião do Copom em que os diretores indicados por Lula serão maioria no colegiado, ou seja, eles serão responsáveis diretamente pela decisão tomada.
Já nos EUA, a expectativa é que o Fed mantenha suas taxas inalteradas entre 4,25% e 4,50% ao ano, à espera de novos indicadores econômicos que mostrem como anda a economia do país.
A chegada de Donald Trump ao poder pode gerar uma maior pressão inflacionária, caso o presidente cumpra suas promessas de aumentar as tarifas de produtos importados. Isso aumentaria os preços para os consumidores americanos e pressionaria o Fed por uma política monetária mais firme, com juros altos para conter o avanço dos preços.
O mercado de trabalho também é um fator de atenção, já que uma forte geração de empregos coloca mais dinheiro na mão da população e pode impactar ainda mais a inflação.
Apesar de os últimos números divulgados pelo Departamento do Trabalho dos EUA mostrarem um mercado de trabalho ainda forte, o índice de confiança do consumidor americano da Conference Board mostra que as pessoas estão mais receosas com a situação econômica, com destaque para os empregos e inflação.
O indicador, divulgado nesta terça-feira (28), mostrou que a confiança do consumidor caiu de 109,5 pontos em dezembro para 104,1 em janeiro, "indicando uma perspectiva menos otimista dos consumidores do que o esperado", destacou a XP Investimentos, em relatório.
"A ligeira queda na confiança será um fator importante a ser observado nos próximos meses, pois poderá influenciar os gastos dos consumidores e a atividade econômica geral", disse a XP.
Depois do encerramento do pregão desta quarta, ainda, as gigantes de tecnologia Meta, Microsoft e Tesla divulgam seus resultados financeiros do quarto trimestre de 2024.
Esses resultados trazem pistas sobre como anda a saúde financeira das empresas e da economia do país, principalmente em um setor tão quente, como a tecnologia.




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