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 DR com Demori entrevista nesta terça autor do livro O Pobre de Direita

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Palmas,30/01/2025

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DR com Demori entrevista nesta terça autor do livro O Pobre de Direita

Fonte: agenciabrasil.ebc.com.br
DR com Demori entrevista nesta terça autor do livro O Pobre de Direita


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Em meio a um país polarizado entre ideologias de direita e de esquerda, o sentimento de humilhação e a desinformação estão entre os fatores que levam eleitores brasileiros classificados como pobres a optar por candidatos alinhados a políticas econômicas neoliberais. É o que afirma o sociólogo e escritor Jessé Souza, autor de obras sobre racismo e política, entre as quais o best-seller O Pobre de Direita, o entrevistado desta terça-feira (28) no programa DR com Demori, às 23h, na TV Brasil.

“Nós somos um país rico,  mas com 80% da população brasileira objetivamente pobre. Pela comparação internacional, são pessoas que não têm acesso às benesses do mundo moderno. Destes 80%, metade passa fome e a outra metade sobrevive com muita dificuldade, sem acesso à saúde e educação de qualidade. E quem não tem esse acesso se sente humilhado. O conceito de humilhação é extremamente importante para que se entenda o pobre de direita”, explica o sociólogo. 



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Segundo o último relatório do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2023, o Brasil tinha cerca de 59 milhões de pessoas vivendo abaixo da linha de pobreza, ou seja, com renda mensal inferior a R$ 665. Este foi considerado o menor nível desde 2012  – quase 9 milhões de pessoas a menos do que em 2022, quando foram registrados 67,7 milhões de pessoas na pobreza. 

Para Souza, além do sentimento de humilhação, que provoca cisões estruturais entre os cidadãos de classe econômica baixa, a desinformação e a manipulação de informações midiatizadas são decisivas para a escolha de políticas que favorecem as elites, e não as pessoas mais vulneráveis. “Esse cidadão foi manipulado a vida inteira (...). Toda a informação é midiatizada, seja um livro, um filme ou um jornal”.



O sociólogo diz que a falta de informação gera uma sensação de culpa pelo próprio fracasso, agravada por uma onda de religiões neopentecostais, incentivo ao racismo e aversão à esquerda. “Esse pessoal se apropria da religiosidade afro, do sincretismo brasileiro (...) e reverte isso com uma pátina judaico-cristã, e aí você retira a inteligência dele. Você tem o sacrifício do intelecto aí.” Ele ressalta que esse debate pode ser observado também no cenário internacional, especialmente diante da iminência de mudanças com a posse de Donald Trump na Presidência dos Estados Unidos. De acordo com Souza, a extrema direita no país está se organizando há pelo menos 50 anos.



O escritor destaca que, diferentemente  do nazismo alemão e do fascismo italiano, a extrema direita americana não tem na esquerda política um opositor. “Para esse grupo, são os acordos civilizatórios básicos que foram construídos nos últimos cinco mil anos de cultura. A diferença entre verdade e mentira, o belo e o feio. E daí, você manipula o público”, afirma.



Questionado sobre o futuro das linhas mais progressistas da política no Brasil, diante da polaridade do eleitorado, Jessé Souza enfatiza que é preciso reescrever a história do país. "Você tem que mostrar como esse país efetivamente é explicado por intelectuais de uma forma mentirosa e elitista há 100 anos, ou isso e monta uma forma alternativa de como o país funciona, ou não existe esquerda”, conclui. 



O programa DR com Demori vai ao ar toda terça-feira, às 23h, na TV Brasil, App TV Brasil Play e no You Tube, além de ser transmitido pelas rádios Nacional FM e MEC.




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